segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Relato da Reunião do dia 13 de agosto de 2011

Partido dos Trabalhadores – PT DF

Setorial de Educação

Relato da Reunião do dia

13 de agosto de 2011

Nesta reunião foram destacados os seguintes pontos:

  • Como está a construção da proposta orçamentária do GDF para 2012 na área de educação;
  • Como está o planejamento das propostas?
  • O Governo Federal vai custear a construção da infra-estrutura das creches, o GDF já dimensionou a necessidade de pessoal?
  • Na medida em que são mais de 160.000 crianças na faixa de 0 a 5 anos, qual é a meta do GDF para 2012 e para o mandato até 2014 na ampliação do atendimento à faixa etária da Educação Infantil?
  • 53 terrenos serão distribuídos para a construção dos Centros de Educação Infantil;
  • O MEC tem solicitado que no uso dos prédios que serão custeados pelo Governo Federal se evite falhas que aconteceram nas demais unidades da federação;
  • A solução para massificar o atendimento a faixa etária da educação infantil tem que ser agora, não deixar para o quarto ano de governo;
  • As escolinhas particulares atendem a classe D;
  • Financiar com base em 75% das parcelas que cobram das famílias;
  • Fonte de financiamento – Fundo da Criança e do Adolescente;
  • Necessidade normativa para a educação infantil;
  • A alternativa do convênio é uma solução provisória emergencial;
  • O PPA do GDF tem uma proposta emergencial;
  • E como solução social local, a população recorre a vizinhança ou a família;
  • É necessária melhoria no mapeamento dos dados;
  • O que financiar e como?
  • A política pública tem que ser mediada por um planejamento estratégico;
  • As parcerias do estados com a sociedade civil envolvem os formatos de convênio com entidade sem fins lucrativos e contrato com as lucrativas;
  • E enfim estabelecer as diretrizes para a Educação Infantil compreendendo a educação informal que acontece no dia-a-dia;
  • À política educacional tem que ser gerenciada com enfoque territorial;
  • O alcance na realização da política educacional da coligação novo caminho depende mais da articulação de aliados do programa ou proposta do que dos canais formais da administração pública.

Encaminhamentos:

- foi formada uma comissão composta por João Monlevade, Heitor e Mauro Patrão para sistematização de um relatório das discussões do Setorial no formato de cartilha para reprodução e distribuição entre os filiados.

- Informar o PT-DF no dia 15 de agosto de 2011, a data em que o Setorial de Educação realizará o seu encontro em linha com o Congresso Extraordinário do PT.

- Conversar com os diversos setores, liderança do PT na CL e demais segmentos a partir do relatório que será sistematizado pela comissão.

14 de agosto de 2011.

Atenciosamente,

Guidi

terça-feira, 26 de julho de 2011

Abrindo a caixa preta das escolas

Revista Envolverde

O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC) divulgou esta semana, pela primeira vez, alguns dados do Censo Escolar, possibilitando, finalmente, ampliar os critérios de avaliação e comparação entre as escolas do Brasil. A partir de agora, além das notas obtidas pelos estudantes nas provas nacionais, sabemos também o número de estudantes por turma, a média de horas-aula, os índices de reprovação e abandono. É um bom começo.


Abrindo a caixa preta das escolas.

Com mais informações, podemos superar a visão simplista que produz os rankings das melhores e piores escolas do país com base nas notas dos estudantes em exames. Ficamos sabendo, por exemplo, que entre as oito escolas melhor colocadas no ranking do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) de São Paulo, sete concentram mais de 30 alunos por turma, contrariando o que é indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Se considerarmos as 28 melhor colocadas, 11 aglutinam mais de 35 jovens em uma mesma sala, sendo que algumas destas chegam ao assustador número de 50 alunos amontoados.
Será que a análise desses dados
serão divulgados???

No ensino fundamental, as recomendações dos PCN de até 25 estudantes por sala no 1º ciclo e de até 30 no 2º não são seguidas por grande parte das escolas, inclusive quatro das campeãs do ENEM.

A recomendação de número máximo de estudantes por turma objetiva justamente garantir a qualidade da educação oferecida. Número menor de estudantes possibilita mais atenção do professor, utilização de maior variedade de métodos e recursos didáticos e mais oportunidade de os estudantes participarem ativamente das aulas.

Assim, quando abrimos a caixa preta, percebemos que notas obtidas em provas não indicam necessariamente qualidade de ensino. Indicam, sim, capacidade da escola de treinar os alunos para responder testes e acirrado processo seletivo, voltado para manter os que já têm bom desempenho neste tipo de avaliação. Isto também pode ser verificado pelo outro dado divulgado pelo MEC: dentre as 40 melhor colocadas no ENEM paulista, 18 reprovam mais de 5% dos estudantes, sendo que três superam a péssima média nacional de 12%. Alta média de reprovação indica, claramente, fracasso da instituição escolar na sua tarefa de ensinar e garantir processos significativos de aprendizagem.

Se somarmos os altos índices de reprovação aos rigorosos processos seletivos e às altas mensalidades cobradas, desvendamos grande parte do mistério da boa colocação no ranking do ENEM de escolas com outros indicadores de qualidade ruins. A parte que falta da equação encontra-se, provavelmente, na redução dos processos de ensino-aprendizagem treinamento intensivo para responder a testes em momentos de prova.

Outro aspecto da caixa preta que começa ser conhecido com os dados divulgados pelo MEC é o que se refere à ideia de que as escolas privadas seriam necessariamente sempre melhores que as públicas. Certa vez, até mesmo o MINISTRO DA EDUCAÇÃO proferiu esta opinião como se fosse uma verdade. Embora na média o número de alunos por turma seja maior na escola pública (39) que na privada (26), os piores casos estão nas escolas privadas, inclusive entre as vencedoras do ranking do ENEM.
Para abrir de vez esta caixa preta, o MEC deve dar continuidade à publicação de dados sobre as escolas, possibilitando aos brasileiros comparar escolas públicas e privadas em relação a: infraestrutura, acervo, material pedagógico, qualificação e remuneração das equipes escolares, tempo dos professores para planejamento individual e coletivo das aulas, nível de participação dos pais nas reuniões e demais atividades da escola, nível de mobilização de estudantes, pais e equipes para as eleições dos Conselhos Escolares, Grêmios, Associações de Pais e Mestres e diretores. Todos estes itens implicam direta e necessariamente a qualidade da escola.

Mas, mais importante que estes dados analisados separadamente, o que deve ser avaliado de fato nas escolas é a qualidade da sua proposta pedagógica, na sua forma e na sua efetivação diária. Esta qualidade pode ser aferida por processos de avaliação envolvendo as comunidades escolares e também por avaliações externas em relação à consistência, coerência e atualidade dos projetos pedagógicos e dos planos anuais, à consistência das produções dos estudantes, à relevância das produções dos professores e ao nível de inserção da escola na comunidade em que está localizada. Um bom modelo pode ser encontrado ali no MEC mesmo: nos critérios usados pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior) para avaliar as faculdades de educação.

* Helena Singer é socióloga com pós-doutorado em Educação e diretora pedagógica da Associação Cidade Escola Aprendiz.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nova Minuta da Mensagem do Setorial de Educação do PT-DF

Companheiros e Companheiras militantes na educação do Distrito Federal

O Setorial de Educação do PT no Distrito Federal, cuja coordenação foi eleita em Encontro há três anos, passou, de fevereiro de 2011 em diante, por um intenso processo de trabalho político.

Verificamos então que, dos dez coordenadores, sete haviam perseverado no grupo: Maria América, Gícia, Barreira, Dimas, Márcia Abreu, Gabriel e João Monlevade.

De 2008 a 2010, embora não nos tivéssemos negado ao trabalho de discussão e de análise da educação do DF, não conseguimos intervir na realidade política e no cotidiano das escolas públicas. A vida do setorial só se intensificou na campanha eleitoral, quando elaboramos os “treze pontos” da plataforma do Novo Caminho e nos mobilizamos em concorridas plenárias para o trabalho de propaganda e de composição do Governo Agnelo.

Ficando vaga a Coordenação Geral, ocupada originalmente pela companheira Gícia e nos últimos dois anos pela companheira Maria América, nomeada Administradora de Sobradinho, o companheiro João Monlevade, por indicação do grupo, a assumiu até o final do mandato, que ocorrerá em outubro, por força de calendário do Partido. O companheiro Jean, que se havia agregado ao grupo de Coordenação no final do ano passado, passou à função de vice-coordenador.

Primeiras Decisões

A primeira decisão importante do Setorial foi a de programar duas reuniões ordinárias mensais, nas manhãs do segundo e quarto sábado. A segunda foi a de eleger como temática geral o estudo, discussão e execução dos Treze Pontos do Programa de Educação de nosso Governo, oriundos da proposta do Setorial. A terceira foi a de fomentar a participação das bases, por meio de convite permanente aos militantes do PT na educação para as reuniões ordinárias e extraordinárias do Setorial.

Pauta Extraordinária: as Reivindicações do SINPRO

Realizada a primeira reunião ordinária, sobre o Plano de Educação do DF (1º dos treze pontos), emergiu uma pauta urgente: a iminente greve dos professores da rede pública, representados pelo SINPRO. Duas reuniões do setorial e intensas negociações da Coordenação com gestores, parlamentares e sindicalistas contribuíram para que se sustasse o início da paralisação, que teria trazido sérios prejuízos para o PT, para o Governo, para os trabalhadores e para a sociedade.

Temas debatidos nas oito reuniões ordinárias

O Setorial teve, de março até a primeira quinzena de julho, nove reuniões ordinárias, com presença significativa de militantes e coordenadores, realizadas, as duas primeiras na sede do PT/DF, uma em espaço da Câmara dos Deputados, uma na sede do SINPRO em Taguatinga e seis na sede ou no auditório da CNTE. Essa atividade sistemática e constante deu mais consistência e força política ao Setorial. Mas, a avaliação feita na reunião de dois de julho é de que está faltando uma intervenção mais clara e eficaz do Setorial no Governo e na sociedade, que se pretende fazer no segundo semestre por meio de contatos institucionais com os diversos setores da Secretaria de Educação e de difusão na mídia das posições definidas pelo Setorial.

Elencamos, a seguir, algumas recomendações levantadas sobre seis dos treze pontos.

- Plano de Educação do Distrito Federal. É urgente que a Secretaria de Educação deflagre e divulgue o processo de elaboração do PEDF. Para tanto, impõe-se implementar o Fórum previsto pela CONAE e pelo Projeto de Lei do PNE (nº 8.035, em tramitação na Câmara dos Deputados), dar início a diagnóstico quantitativo (demandas) e qualitativo (problemas, desejos, entraves) e estabelecer um cronograma de discussão que inclua Conferência Inicial, Conferências Regionais e Conferência Final.

- Educação Infantil. Talvez a mais visível carência da educação no DF é a falta de creches públicas. É intolerável conviver com a situação de oferta de somente mil matrículas públicas e cinco mil comunitárias conveniadas para 160 mil crianças. Esperar pela construção de 50 ou mais prédios com verbas do MEC é problemático, ainda mais que não é fácil encontrar terrenos legalizados nas áreas de maior demanda. Urge programar política local de implantação de creches públicas e comunitárias para atender a 80 mil crianças até 2020 (meta do PNE). Não se pode adiar novos investimentos e concentrar o atendimento para o último ano de governo. É fundamental mudar as expectativas das famílias de classes populares a curto prazo. Como? Com que recursos? Com que pessoal?

- Gestão Democrática. Embora se reconheça o esforço da SEE em construir a proposta – para a qual o setorial contribuiu com muitas idéias – os prazos não foram cumpridos e parece não haver uma estratégia política do PT e do Governo para conseguir a discussão do Projeto na Câmara Legislativa e sua aprovação, que será dificultada pelos setores da direita. É necessário retomar o contato com urgência, do Setorial com os petistas da SEE e com os deputados do PT, não somente para garantir a GD nas escolas como nos órgãos do Sistema de Ensino do DF.

- Educação Profissional. Discussão complexa. Como no caso das creches, o DF está “na rabeira” no ranking de oferta de cursos técnicos no Brasil. É necessário dar aos concluintes do ensino fundamental a alternativa de cursos de ensino médio profissional integrados e concomitantes, na rede do GDF, em colaboração com o Instituto Federal, que está em expansão, mas não tem pernas para atender à demanda. O que de mais visível existe hoje é um festival de cursos profissionais subseqüentes privados, com mensalidades proibitivas, inclusive do Sistema S. Enquanto isso, o ensino médio público no DF anda sem rumo, à deriva das escolas privadas que se arrogam o direito de quase monopolizar o acesso aos cursos mais concorridos da UnB.

- Universidade Distrital. Outra discussão complicada. O Distrito Federal é o campeão nacional da privatização dos cursos de graduação. Mais de 80% dos quase 140 mil estudantes pagam mensalidades. A expansão da UnB e as vagas gratuitas do Prouni pouco significam para a sociedade. A Universidade Distrital, já prevista no art. 240 da Lei Orgânica do DF, foi conquista do PT em 1993 e nosso setorial há muito tempo já se manifestou sobre seu perfil. Entretanto, há resistências dentro e fora do Governo à sua implantação, mesmo sendo um dos 13 pontos do Novo Caminho. A Faculdade de Saúde é um sucesso, a EAPE procurar se transformar em Faculdade de Educação, setores da área de segurança também se mobilizam. Mas faz falta um projeto mais nítido, sem o qual perde sentido a priorização imediata da implantação da Universidade Distrital. É necessário aprofundar e alargar o âmbito da discussão, com os estudantes e com os mestres e doutores, que seriam candidatos naturais a nela trabalhar.

- Financiamento da Educação. Embora se conte com recursos adicionais do Fundo Constitucional do DF para a educação pública (R$ 2 bilhões no Orçamento de 2011), e os 25% dos impostos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE) estejam sendo aplicados na educação pública, o total de receita não é suficiente para as demandas de atendimento (principalmente se considerarmos os 13 pontos), nem está sendo gerido com a devida qualidade e transparência. A SEE não dispõe do repasse legal previsto no § 5º do art. 69 da LDB: com isso fica “de pires na mão” diante do próprio GDF e do Governo Federal. A capacidade contributiva dos cidadãos e das empresas do DF é muito superior à dos outros Estados, mas não se traduz em receita. Se o PEDF vai ter como meta investir 7% de seu PIB em educação (ou 10%, como diz o 13º Ponto do Programa de Governo), é preciso se decidir que estratégias serão assumidas a partir da Lei Orçamentária de 2012. Mas, antes de mudanças e “novidades” tributárias, é urgente combater a sonegação e rever as isenções. Um alerta: segundo dados do CONFAZ, a arrecadação do GDF de 2011 é inferior à de 2010.

Encaminhamentos

Na última reunião ordinária, de 9 de julho, decidimos que:

a) fosse reelaborado o presente documento do Setorial e disponibilizado no Blog do Setorial http:/opteieducacao.blogspot.com/ para sugestões até dia 25 de julho;

b) fosse feita pelo Coordenador um texto até a reunião ordinária de 13 de agosto, para aprovação, encaminhamento e divulgação.

A Coordenação divulga esta minuta para conhecimento dos militantes, sugestões de emendas e posterior discussão, na reunião ordinária de 13 de agosto, sábado, às 9 horas, na sala 107 do Edifício Venâncio V (CNTE). Oportunamente, será divulgada a pauta completa da reunião, ocasião em que seguirá anexo o texto para aprovação.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Minuta da Mensagem do Setorial de Educação

Companheiros e Companheiras militantes na educação do Distrito Federal

O Setorial de Educação do PT no Distrito Federal, cuja coordenação foi eleita em Encontro há três anos, passou, de fevereiro do presente ano, em diante, por um intenso processo de trabalho político.

Verificamos então que, dos dez coordenadores, sete haviam perseverado no grupo: Maria América, Gícia, Barreira, Dimas, Márcia Abreu, Gabriel e João Monlevade.

Ao longo dos três anos, embora não nos tenhamos negado ao trabalho de discussão e de análise da educação do DF, não conseguimos uma intervenção mais forte na realidade política e no cotidiano das escolas públicas. A vida do setorial se intensificou na campanha eleitoral, quando não somente elaboramos os “treze pontos” da plataforma do Novo Caminho, como também nos mobilizamos em concorridas plenárias para o trabalho de propaganda e de composição do Governo Agnelo.

Ficando vaga a Coordenação Geral, ocupada originalmente pela companheira Gícia e nos últimos dois anos pela companheira Maria América, nomeada Administradora de Sobradinho, o companheiro João Monlevade, por indicação unânime do grupo, assumiu essa função até o final do mandato, que ocorrerá em outubro, por força de calendário do Partido. O companheiro Jean, que se havia agregado ao grupo de Coordenação no final do ano passado, passou à função de vice-coordenador.

Primeiras Decisões

A primeira decisão importante do Setorial foi a de programar duas reuniões ordinárias mensais, nas manhãs do segundo e quarto sábado. A segunda foi a de eleger como temática geral o estudo, discussão e operacionalização dos Treze Pontos do Programa de Educação de nosso Governo, oriundos da proposta do Setorial. A terceira foi a de manter um ritmo acelerado de participação das bases, traduzida em convite permanente para as reuniões ordinárias e extraordinárias dos militantes do PT na educação.

Pauta Extraordinária: as Reivindicações do SINPRO

Realizada a primeira reunião ordinária, sobre o Plano de Educação do DF (1º dos treze pontos), emergiu uma pauta urgente: a iminente greve dos professores da rede pública, a ser conduzida pelo SINPRO. Duas reuniões do setorial e intensas negociações da Coordenação com gestores, parlamentares e sindicalistas contribuíram para que se sustasse o início da paralisação, que teria trazido sérios prejuízos para o PT, para o Governo, para os trabalhadores e para a sociedade.

Temas debatidos nas oito reuniões ordinárias

O Setorial teve, de março até a primeira quinzena de julho, oito reuniões ordinárias, com uma presença média de 18 militantes e quatro coordenadores, realizadas, as duas primeiras na sede do PT/DF, uma em espaço da Câmara dos Deputados e cinco na sede ou no auditório da CNTE. Essa atividade sistemática e constante deu mais consistência e força política ao Setorial. Mas, a avaliação feita na última reunião é de que está faltando uma intervenção mais clara e eficaz no Governo e na sociedade, que se pretende fazer no segundo semestre por meio de contatos institucionais com os diversos setores da Secretaria de Educação e de difusão na mídia das posições definidas pelo Setorial.

Elencamos, a seguir, algumas recomendações levantadas sobre seis dos treze pontos.

- Plano de Educação do Distrito Federal. É urgente que a Secretaria de Educação deflagre o processo de elaboração do PEDF. Para tanto, impõe-se implementar o Fórum previsto pela CONAE e pelo Projeto de Lei do PNE (nº 8.035, em tramitação na Câmara dos Deputados), dar início a diagnóstico quantitativo (demandas) e qualitativo (problemas, desejos, entraves) e estabelecer um cronograma de discussão (Seminário Inicial, Conferências Regionais e Conferência Final – pelo menos)

- Educação Infantil. Talvez a mais visível carência da educação no DF é a falta de creches públicas. É necessário ao mesmo tempo se alinhar às políticas do Governo Federal (construção de 120 creches em quatro anos) e programar política local de implantação de creches públicas e comunitárias para atender a 80 mil crianças até 2020. Não se pode deixar esse atendimento para o quarto ano de governo. É fundamental mudar as expectativas das famílias de classes populares a curto prazo.

- Gestão Democrática. Embora se reconheça o esforço da SEE em construir a proposta – para a qual o setorial contribuiu com muitas idéias – os prazos não foram cumpridos e parece não haver uma estratégia política do PT e do Governo para conseguir a discussão do Projeto na Câmara Legislativa e sua aprovação, que será dificultada pelos setores da direita. É necessário retomar o contato com urgência, do Setorial com os petistas da SEE e com os deputados do PT, não somente para garantir a GD nas escolas como nos órgãos do Sistema de Ensino do DF.

- Educação Profissional. Discussão complexa. Como no caso das creches, o DF está “na rabeira” no ranking de oferta de cursos técnicos no Brasil. É necessário dar aos concluintes do ensino fundamental a alternativa de cursos de ensino médio profissional integrados e concomitantes, na rede do GDF, em colaboração com o Instituto Federal, que está em expansão mas não tem pernas para atender à demanda de 20 mil matrículas. O que existe hoje é um festival de cursos profissionais subseqüentes privados, com mensalidades proibitivas, inclusive do Sistema S.

- Universidade Distrital. Outra discussão complicada. O Distrito Federal é o campeão nacional da privatização dos cursos de graduação. Mais de 80% dos 140 mil estudantes pagam mensalidades. A expansão da UnB e as vagas gratuitas do Prouni pouco significam para o conjunto, pois o que vigora é a cultura do diploma e não da formação. Por outro lado, percebe-se que as iniciativas isoladas de educação superior (Faculdade de Saúde, de Educação e outras) não procuram uma integração universitária e parece haver uma “despriorização” da decisão política de se implantar a Universidade Distrital. É necessário aprofundar e alargar o âmbito da discussão.

- Financiamento da Educação. Embora o DF conte com recursos adicionais para a educação pública (R$ 2 bilhões no Orçamento de 2011) do Fundo Constitucional, e os 25% da receita vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE) estejam sendo aplicados formalmente na educação pública, eles não são suficientes para as demandas de atendimento (principalmente se considerarmos os 13 pontos) e nem estão sendo geridos com a devida qualidade. A SEE não dispõe do repasse legal previsto no § 5º do art. 69 da LDB e com isso fica “de pires na mão” diante do GDF e do Governo Federal. A capacidade contributiva dos cidadãos e das empresas do DF é muito superior à dos outros Estados e temos receitas de impostos e taxas sub-arrecadadas. Entretanto, existe uma cultura “sub-pagamento” na população a ponto de muitos considerarem um suicídio político alguma decisão de cobrança mais agressiva de tributos. E aí, renunciamos aos 13 pontos? Desistimos da qualidade, que custa caro?


Encaminhamentos

Na última reunião ordinária foi decidido que:

a) fosse elaborado um documento do Setorial com um balanço de suas atividades no semestre;
b) fosse encaminhado o documento (ou parte dele) para o PT e para a SEE;
c) fosse divulgado o documento no Blog do Setorial.

Nesse sentido, a Coordenação divulga esta minuta para conhecimento dos militantes e discussão na reunião ordinária de 9 de julho, sábado, às 9 horas, na sala 107 do Edifício Venâncio V (CNTE), propondo recesso do Setorial até 13 de agosto, quando serão retomadas as reuniões ordinárias, tendo como pauta os pontos restantes do Programa de Governo, em sequência a ser confirmada pelo coletivo.

sábado, 2 de julho de 2011

Encaminhamentos da Reunião de 02/07/2011

Companheiras(os),
Seguem abaixo os encaminhamentos da reunião de hoje:

1) Próxima reunião no dia 09/07/2011 para elaborarmos um documento com a síntese em relação aos assuntos levantados nas reuniões do Setorial de Educação realizadas nesse ano, de modo a servir de referência para a atuação do Setorial junto às demais instâncias do PT e também junto ao nosso governo. As reuniões no Gama e em Planaltina serão realizadas posteriormente.

2) O Monlevade se compromenteu a enviar até Quarta (06/07) ou Quinta (07/07) um texto base para a elaboração do documento síntese mencionado no item 1 acima.

3) Não haverá reunião ordinária no dia 23/07/2011.

4) Agendar reuniões nas manhãs dos Sábados de Agosto com petistas dos diversos setores da Secretaria de Educação, talvez inciando com o Secretário Adjunto, para que ouvirmos deles a exposição da situação encontrada em cada setor, as ações já realizadas e as ações já planejadas.

5) Nass próximas reuniões do Setorial, haverá alguém elaborando uma ata com as principais contribuições que deverá ser postada aqui neste blog.

Quaisquer equívocos nos encaminhamentos acima, por favor, basta deixar um comentário a este post.

terça-feira, 12 de maio de 2009

PT ÇOAL Finalmente, graças ao Mauro, consegui entrar no Blog. Vamos começar a produzir. Amanhã, pretendo fazer um reparo no texto base adotado, em razão de problemas de redação que me escaparam.
Hoje, limito-me a celebrar a vitória da greve do Sinpro. Sinceramente, não esperava por ela, ainda mais que o governo alardeou a tática de neutralizar os efeitos da paralisação com a chamada dos contratados e a cobertura dos gestores.
Penso que, superada esta queda de braço, os petistas professores e funcionários deveriam lutar pela abertura de creches e de mais turmas de EJA. Isso redundaria imediatamente em aumento dos filiados aos Sinpro e SAE, o que só valorizaria a educação pública e seus educadores.
É fundamental uma aliança com as mães que clamam por creches e uma ação de "desvelamento" dos recursos do Fundeb não atualmente desviados da educação. O GDF continua não depositando, como manda o art.60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, os 20% de sua receita de ICMS, IPVA, ITR e ITBI. Só de ICMS se arrecada mais de R$ 300 milhões por mês ! E de IPVA R$ 400 milhões por ano.
O Sinpro e o SAE têm representantes no Conselho do Fundeb, ambos petistas, que estão aptos a mostrar a maracutaia do desvio destas verbas.
Oposição é isso: descobrir os erros do governo, denunciá-los e propor a superação.
Abraços, João Monlevade

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Educação é a maior preocupação dos brasileiros, diz pesquisa

Uma prévia da pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) constatou que a maior preocupação dos brasileiros é o ensino. O levantamento já ouviu 360 mil pessoas em todo o país, e questionou o que precisa mudar no Brasil. Até o momento, 20% dos entrevistados se declararam preocupados com o ensino.



O fato de a maior parte das pessoas considerarem a educação como o maior problema do Brasil é bastante significativo, uma vez que a pesquisa não dá alternativas de resposta. O término da pesquisa - que pretende ouvir 400 mil pessoas ao todo - e da análise dos dados deve ocorrer até o fim de maio. A pesquisa faz parte da Campanha Brasil Ponto a Ponto, iniciada em novembro de 2008. Quem quiser participar pode acessar o site da campanha.


Opinião se repete


Em 2006, uma pesquisa de opinião feita pelo governo federal, parte do programa Brasil Três Tempos, teve conclusão similar. Entre 50 temas de políticas públicas, a educação ficou em primeiro lugar como prioridade.


Um outro estudo, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), feito em 2007 identificou entre os jovens a mesma preocupação com o ensino.


Qualidade


Dentre os que citaram educação como prioridade no estudo do PNUD, a maior parte se mostrou mais interessada na melhoria da qualidade do ensino, traço que vem sendo discutido com freqüência. O censo de 2000 do IBGE mostrou que apenas cerca de 6 milhões de brasileiros possuem diploma de nível superior.


Este ano, uma prova entre alunos do ensino fundamental da rede pública do Rio de Janeiro teve altos índices de reprovação.


Os dados do último Enem, divulgados na última semana, também demonstraram a má qualidade do ensino nas escolas públicas estaduais. Das mil escolas com piores notas no exame, 965 eram públicas estaduais. Já entre as mil melhores, somente 36 eram dos estados. Os números são significativos já que as escolas estaduais da rede pública concentram 85% dos alunos de ensino médio no Brasil.


Permanência nas escolas


Apenas 2,5 % das crianças entre 7 e 14 anos estão fora da escola. O dado parece animador. Contudo, um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que essa cifra engana, já que o número de alunos matriculados é bem superior ao número de alunos que realmente freqüentam as aulas.


De acordo com a FGV, o déficit escolar no Brasil é, na verdade, de 17,7%, quando levada em conta a frequência escolar, e não apenas a matrícula. O estudo ainda mostrou que os alunos brasileiros com até 17 anos permanecem, em média, menos de três horas diárias em sala de aula, enquanto a legislação exige quatro horas.


Além de os alunos ficarem menos que o devido, a exigência legal é pequena, segundo Marcelo Neri, responsável pelo estudo. Ele cita que na África do Sul a carga horária é maior: de seis horas de aula por dia.


MEC propõe mudanças


Visando melhorar o ensino no país, o Ministério da Educação fez uma proposta de trocar as disciplinas do ensino médio por áreas de conhecimento. Assim, as 12 matérias que existem hoje seriam substituídas por cinco áreas: línguas, matemática, humanas, exatas e biológicas. A proposta será analisada esta semana pelo Conselho Nacional de Educação.


Para o MEC, o currículo atual é muito fragmentado e o aluno não vê interdisciplinaridade ou aplicabilidade no que é ensinado, o que reduz o interesse do jovem pela escola e a qualidade do ensino.


O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deverá substituir o vestibular das universidades federais, será um incentivador desse novo sistema, pois também não terá divisão por disciplinas.




Com informações do Diário de Natal e do Site Educa, 9/5/2009